Sobre a declaração de que o colegiado era dominado por 'satanás', deputado justificou que a frase fazia referência a adversários e foi dita em um ambiente espiritual
O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) justificou sua declaração de que antes dele a Comissão de Direitos Humanos era dominada por satanás dizendo que falava em um ambiente espiritual. Ele disse se sentir "livre" para continuar o trabalho no comando do colegiado.Leia mais: Deputada pede abertura de processo contra Feliciano
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"Eu não disse nome de ninguém. Eu estava no
culto, num ambiente espiritual. Eu falava sobre situações espirituais.
Se vocês assistirem ao vídeo, minutos depois, eu falei que a comissão
fez um seminário com apologia ao sexo para crianças de zero até seis
anos. Isso para quem é espiritual não é coisa de Deus. E se não é coisa
de Deus é do adversário. Satanás significa adversário. No culto, eu
tenho liberdade de expressão", disse o deputado, que participa nesta
terça-feira de uma reunião da bancada do PSC.
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Com base nas declarações, a deputada Iriny Lopes (PT-ES), ex-ministra da Secretaria das Mulheres e ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, protocolou nesta terça-feira na Mesa Diretora da Casa um requerimento pedindo a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o atual presidente do órgão colegiado, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Iriny argumenta que as declarações de Feliciano – de que antes da chegada dele à presidência do colegiado a CDHM era “dominada por satanás” – ferem o decoro parlamentar. “É inaceitável que um deputado faça esse tipo de declaração, ferindo a honra e a imagem dos nobres colegas que atuam, com dedicação e firmeza, para a promoção e valorização dos diretos humanos”, disse a deputada no requerimento.
Feliciano informou que colocará em votação nesta quarta-feira, na Comissão de Direitos Humanos, o requerimento para que realize uma viagem para a Bolívia para discutir a situação dos 12 torcedores corintianos presos naquele País.
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