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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Votação de projeto que criminaliza homofobia pode ficar para 2013

Proposta foi aprovada na Câmara em 2006 e aguarda votação no Senado.
Para relatora do texto, Marta Suplicy, 'esse ano ainda não é o momento'.

Do G1, em Brasília
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A senadora Marta Suplicy, relatora do projeto que criminaliza
 a homofobia (Foto: Mariana Zoccoli / G1)A senadora Marta Suplicy, relatora do projeto que
criminaliza a homofobia (Foto: Mariana Zoccoli / G1)
A senadora Marta Suplicy (PT-SP), relatora do projeto de lei que criminaliza a homofobia, afirmou nesta terça-feira (15) que a votação da proposta no Senado deve ficar para o ano que vem. "Não acho que esse ano ainda é o momento. Se for, colocarei", afirmou a senadora.
O projeto começou a tramitar na Câmara em 2001 e foi aprovado pelos deputados em 2006. Desde então aguarda votação no Senado. A proposta tipifica crimes de discriminação por gênero, sexo e orientação sexual ou identidade de gênero, igualando os crimes ao racismo.
O tema ainda não foi votado porque a bancada religiosa é contra o texto por temer que fosse criminalizada a defesa contra a homossexualidade. Já a frente que defende a punição da homofobia entende que o texto ficou brando.
Para discutir o tema, foi realizado no Senado nesta terça um seminário sobre o projeto de lei. Para Marta Suplicy, o posicionamento da sociedade civil sobre o tema é importante para ajudar na aprovação do projeto de lei. "O foco agora é combater a homofobia. Acho que a maioria dos senadores vai se posicionar de acordo com a sociedade civil", explicou.
A senadora afirmou que o recente posicionamento do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que declarou apoio em relação ao casamento gay, causa impacto no Brasil. No entanto, ela acredita que os avanços em relação ao tema também geram reações contrárias. "A cada avanço, as forcas contrarias ficam insandecidas. A cada avanço nós temos uma reação muito forte", declarou.
Kit anti-homofobia
Perguntada sobre a reação ao kit-antihomofobia, material do Ministério da Educação que gerou polêmica no ano passado por conter cenas de casais jovens homossexuais, ela afirmou que o kit "foi uma infelicidade na forma que foi proposto".
"Fui responsável quatro anos pela educação sexual em São Paulo e nós trabalhávamos essa questão da homossexualidade. Não tinha nome nenhum, era trabalhado junto com prazer, saber dizer sim com responsabilidade, saber dizer não quando não quer", explicou a senadora.

Fonte: Homofobia Fica para 2013

Vereador faz abaixo assinado contra denúncia à estátua de santa no Ceará

Estátua de santa Edwirges fica na orla de Fortaleza, ao lado de igreja.
Denúncia diz que símbolo religioso fica em terreno da União.

Vereador fez abaixo assinado contra denúncia que pode remover
 a estátua de santa Edwirges, que fica em terreno da União (Foto: 
Silvana Tarelho/Agência Diário)Vereador fez abaixo assinado contra denúncia que pode remover a estátua de santa Edwirges, que fica em terreno da União
O vereador de Fortaleza Walter Cavalcante iniciou nesta semana um abaixo assinado contra a denúncia de que a estátua da santa Edwirges está irregular na orla de Fortaleza e que pode ser removida. “Estamos iniciando a campanha de um abaixo assinado com todos os católicos para que a gente consiga sensibilizar não só o procurador Francisco de Araújo Macedo Filho, mas o superintendente da Secretaria de Patrimônio da União”, afirmou o vereador.
Cavalcante pretende coletar assinaturas e enviar cópias do abaixo assinado para a Secretaria do Patrimônio da União e para a presidenta Dilma Rousseff. Segundo o vereador, que afirma que o Ceará é o segundo estado mais católico do país, a remoção da estátua seria "um péssimo presente para o padre Manoel Ferreira", que completará 80 anos de idade no próximo dia 23. Na data, o parlamentar informa que realizará, juntamente com a população, um abraço à estátua.
Manoel Ferreira é o padre da Igreja Santa Edwirges, ao lado da estátua que o Ministério Público Federal no Ceará propõe a retirada. O procurador da república Francisco de Araújo Macedo Filho apura a denúncia de que a estátua de santa Edwirges está instalada em terreno da União, na orla de Fortaleza, sem a devida autorização.
A estátua fica ao lado da Igreja de Santa Edwirges, na Avenida Leste Oeste. De acordo com o Ministério Público Federal no Ceará, a igreja também fica em território da União, mas de forma regularizada e com pagamento de taxas. A Secretaria de Patrimônio da União avalia se a estátua fica também no espaço da igreja contemplado pelo pagamento das taxas.
A denúncia feito ao Ministério Público também trata de um símbolo religioso instalado em terreno federal. A denúncia se baseia na Constituição Federal e alega que o Brasil é um país laico, ou seja, neutro em relação a questões religiosas, e ostenta um símbolo religioso em seu território.

Fonte: Caso A Santa...

MEC culpa prefeituras por atrasos na inauguração de creches

A promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff é construir 6 mil creches. Mas até agora nenhuma nova creche começou a funcionar.

Quem tem filho sabe como é difícil conseguir uma vaga em uma creche. O governo anunciou a construção de mais 1,5 mil unidades em todo o Brasil. O problema é que está tudo atrasado.
A promessa de campanha da presidente Dilma é construir 6 mil creches. Mas até agora nenhuma nova creche começou a funcionar. Segundo o MEC, o atraso ocorre nas prefeituras.

Depois de passar dois anos levando a filha para a casa dos patrões onde faz faxina, Veriana finalmente conseguiu vaga em uma creche pública para Joyce. “Para trabalhar é muito mais tranquilo”, afirma.
Além da tranquilidade, as mães percebem que, na creche, os pequenos recebem estímulos importantes. “A gente sabe que na creche a criança convive com outras crianças. Essa parte pedagógica se desenvolve bem melhor”, diz uma mãe.
De acordo com o IBGE, 2,3 milhões de crianças estão matriculadas em creches em todo o país. Mais ainda faltam muitas vagas. Um levantamento do próprio governo mostra que para atender a todas as crianças entre 0 e 5 anos é preciso construir mais 19 mil e 700 creches.
Empregada doméstica, Antônia ainda procura vaga para a filha. Por enquanto, Giovana, de 1 ano e 8 meses, fica com uma conhecida da mãe: “É muito difícil, fico correndo atrás das pessoas, perguntando se podem cuidar da minha filha, ficar com ela”.
Durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff prometeu construir seis mil creches em quatro anos, mas nenhuma foi inaugurada até agora.
Das 1,5 mil contratadas no ano passado, 657 estão em obras e 850 em fase de licitação ou planejamento.
De acordo com a Constituição, o ensino infantil é responsabilidade dos municípios, mas o Governo Federal repassa dinheiro às prefeituras para a construção de creches: “As prefeituras estão demorando de um ano e meio a dois anos pra construir as creches. O mercado da construção civil está muito aquecido, tem ainda o processo licitatório, que demora em torno de seis meses”, afirma o Ministro da Educação, Aloísio Mercadante.
Paulo Ziulkosi, presidente do Conselho Nacional de Municípios, diz que o problema não é construir os prédios, mas manter os alunos depois.
“Os municípios recebem por criança de turno integral, R$ 200 por mês. E o custo em uma creche de qualidade média é de R$ 600 por mês. Eu diria até que poderia haver o inverso. Nós faríamos o prédio e a União sustentaria o custo da creche. ”
Em solenidade no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff anunciou a assinatura de convênios para construir mais 1.512 creches, que fazem parte da meta de seis mil até 2014: “Nós sabemos que as creches não são um teto ocasional para as crianças se refugiarem. Para nós, a creche é, primeiro e principalmente, uma forma de se atacar a desigualdade pela raiz”.
A construção das creches faz parte do programa Brasil Carinhoso, lançado na segunda-feira (14) para combater a miséria e ajudar famílias com crianças pequenas.
O governo vai aumentar o repasse do Bolsa Família e garantir uma renda de R$ 70 por membro da família que tem pelo menos uma criança com até seis anos. Também vai distribuir vitamina A, ferro e remédios contra asma para crianças.

Fonte: Promessas de Uma Nova Presidente Dilma Cade?

Dilma é vaiada por prefeitos após falar sobre distribuição de royalties

Projeto sobre receitas do petróleo está em discussão na Câmara.
Presidente discursou na abertura da 15ª Marcha dos Prefeitos, em Brasília.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff foi vaiada por prefeitos nesta terça-feira (15) ao comentar a distribuição de royalties do petróleo. Ela participou da abertura da 15ª Marcha dos Prefeitos, em Brasília, que reuniu cerca de 3,5 mil prefeitos na capital.
Ao final do seu discurso, alguns prefeitos pediram da plateia que a presidente comentasse sobre a distribuição dos royalties do petróleo.
Ela respondeu: “Petróleo, vocês não vão gostar do que eu vou dizer. Não acreditem que vocês conseguirão resolver a distribuição de hoje para trás. Lutem pela distribuição de hoje para frente”. Nesse momento, a presidente foi vaiada e encerrou o discurso.
Os royalties são tributos pagos pelas empresas aos estados de onde o petróleo é extraído, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. A nova proposta já aprovada pelo Senado prevê a diminuição do repasse aos estados produtores e um aumento para os que não produzem o óleo. O projeto está agora na Câmara, onde foi criado um grupo de trabalho para analisar a matéria.
Antes da fala de Dilma, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) – órgão que organiza a Marcha dos Prefeitos – , Paulo Ziulkosky, já havia defendido a distribuição igualitária das receitas do petróleo.
“A imprensa dizendo que os municípios produtores têm direito. Não tem município produtor, nem estado, o que tem é confrontante. O que aquele município fez para ter aquele petróleo? Ninguém está mexendo em contrato. Queremos honrar todos os contratos, o que estamos discutindo é a apropriação do produto do contrato”, declarou.
Enfrentamento federativo
Paulo Ziulkosky fez um discurso duro diante da plateia lotada de prefeitos – mais de 2500 estavam presentes. Ele afirmou que o país precisa fazer um “enfrentamento federativo”. “Nossa federação está incompleta, ainda tem que ser construída. Precisamos ter um novo pacto”, afirmou.
Presidente Dilma Rousseff durante 15ª Marcha dos Prefeitos em
 Brasília nesta terça-feira (15) (Foto: Roberto Stuckert Filho/ 
Presidência)Presidente Dilma Rousseff durante 15ª Marcha
dos Prefeitos em Brasília nesta terça-feira (15)
(Foto: Roberto Stuckert Filho/ Presidência)
Ziulkosky afirmou que cabe aos prefeitos sanar a “dívida social” que o país tem com sua população. “Essa dívida social cabe a nós basicamente. 75% das metas do milênio, para ser cumpridas, depende das prefeituras”. Apesar disso, declarou, os municípios estão "estrangulados”.
O presidente da CNM manifestou descontentamento com diversos pontos, como os restos a pagar, a criação de pisos salariais, a emenda 29 (que destina recursos à saúde), distribuição dos royalties do petróleo e a política de resíduos sólidos.
Ziulkosky afirmou que tem ocorrido uma “proliferação de pisos” salariais e reclamou em especial dos magistrados. “Nenhum prefeito é contra o piso, mas precisa ser um piso que possamos cumpri-lo”, disse.
'Gesto heroico'
O presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Joao Coser, lembrou que apenas 36% dos municípios tem aterro sanitário, em referência à política de resíduos sólidos que foi aprovada no ano passado. Ele reclamou que os municípios não têm recursos para acabar com os lixões.
"Sabemos que é importante acabar com os lixões no Brasil, mas a lei é aprovada aqui em Brasília e a conta fica com nossa responsabilidade”, afirmou. “Ser prefeito hoje é quase um gesto heroico”, concluiu Coser.
Dilma afirmou que seu governo pretende firmar “parceria respeitosa e produtiva com os estados e municípios” e lembrou que começou sua vida pública como secretária de Fazenda da cidade de Porto Alegre. “É impossível transformar o Brasil do ponto de vista social se nós não contarmos com os governadores e prefeitos”, disse.
A presidente afirmou que o Bolsa Família não poderia existir não fosse a ajuda das prefeituras, que realiza trabalho “exitoso” no cadastramento dos beneficiários do programa.
"Sabemos que tem várias coisas que o governo federal tem poder de fazer no plano federal, mas sabemos também que essas coisas são incompletas. Por exemplo, nós temos condições de termos uma política absolutamente igualitária para todo o Brasil [...] como o Bolsa Família. É igual para todos os municípios”, declarou a presidente.
Reforma tributária
Em seu discurso, Dilma Rousseff disse que o Brasil tem uma carga tributária “inadequada” e que há tributos inclusive sobre insumos considerados fundamentais para o desenvolvimento do país. “Eu não conheço países que tributam energia elétrica, nós tributamos. Tem varias formas de tributação nossas que são regressivas”, afirmou.
Dilma comparou a economia brasileira com a dos países desenvolvidos que passam por crise.
“Nós temos no Brasil um nível de receita. Essa crise que os países desenvolvidos estão passando pode levar uns 5, 6, 7 anos ou até 10. Ela acaba passando. Nesse período, nós temos muito o que fazer porque não temos as mesmas estrutura, nos não passamos pelos mesmos problemas deles”, afirmou.
A presidente disse ainda que o governo decidiu fazer uma reforma tributária de forma “específica” em vez de discutir se “a reforma sai ou não sai”. “Sabemos as resistências que há no Brasil para se fazer reforma tributária. Nós já tentamos duas vezes fazer uma reforma de maior fôlego, e nós resolvemos agora atuar, em vez de ficar discutindo se a reforma sai ou não sai."

Fonte: Dilma é Vaiada 

CPI do Cachoeira aprova pedido para que Gurgel dê explicações por escrito

Procurador-geral terá 5 dias para responder cinco perguntas da comissão.
Parlamentares não descartam votar convocação após respostas de Gurgel.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o elo do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários aprovou nesta terça-feira (15) requerimento para que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, explique por escrito a demora na abertura de inquérito para apurar o elo do contraventor com parlamentares.
Integrantes da comissão pedem que Gurgel explique o fato de não ter tomado providências ao receber, em 2009, o inquérito da Operação Vegas, que investigava prática de jogo ilegal e já mencionava o envolvimento de políticos.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, durante 
sessão do Supremo Tribunal Federal (Foto: Felipe Sampaio / STF)O procurador-geral da República, Roberto Gurgel
Para os deputados e senadores, o procurador não precisa comparecer à comissão para prestar os esclarecimentos. Gurgel argumenta que, como acusador no caso, não pode falar em depoimento à CPI sob pena de ser afastado do processo. Em entrevistas, ele explicou ainda que não pediu a abertura de inquérito em 2009 porque não havia indícios suficientes de crime por parte de parlamentares. Na ocasião, as investigações foram suspensas pela mulher de Gurgel, a subprocuradora Claudia Sampaio.
Os parlamentares entraram em acordo para não votar o requerimento de convocação da subprocuradora Claudia Sampaio e de Gurgel até que ele responda aos questionamentos por escrito.
Cinco perguntas
O requerimento aprovado pela CPI contém cinco perguntas e dá ao procurador-geral um prazo de cinco dias para respondê-las. “Diante da nota da Polícia Federal publicada ontem e diante de notícias de jornal, entendemos que a CPI não pode ficar sem conhecer oficialmente a versão do Ministério Público. Não podemos acreditar que o órgão do Ministério Público vai dialogar conosco por meio de jornal”, argumentou o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).
Em nota oficial, a PF negou que tenha pedido arquivamento de investigações, versão que foi dada pela subprocuradora Claudia Sampaio, segundo jornais.
No pedido de explicações, a CPI pergunta a Gurgel a data e em que circunstância chegaram à Procuradoria-Geral os autos da Operação Vegas. Os parlamentares perguntam ainda quais as providências tomadas na ocasião pelo procurador. Outra questão colocada no requerimento é a data de conhecimento da Operação Monte Carlo pelo procurador e as providências que foram tomadas em seguida.
As cinco perguntas são:
A -Em que circunstâncias chegou à Procuradoria-Geral da República a investigação sobre a Operação Vegas em IP – 42/2008, da Justiça Federal de Goiás?
B – Em que data o inquérido referido chegou à Procuradoria?
C- Diante dos indícios verificados no curso da investigação – reconhecidas a representação para instauração do inquérito número 3430/2012 no Supremo Tribunal Federal, em que figura Demóstenes Torres – quais as providências adotadas pela Procuradoria-Geral da República no mencionado inquérito?
D – Em que data e em quais circunstâncias teve conhecimento da Operação Monte Carlo (IP 89/2011 da 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia?
E – Diante dos indícios verificados no curso da investigação – e igualmente reconhecidas na representação para instauração do inquérito 3430-2012 do STF, já referido – quais as providências adotadas à época pela Procuradoria Geral da República no mencionado inquérito?
'Resposta convincente'
O senador Humberto Costa (PT-SP) defendeu o pedido de explicações por escrito. “O que eu sugeriria é nós termos um pouco de paciência. Vamos aguardar a resposta. Se essa resposta não vier ou não for convincente, as condições para trazer quem quer que seja, inclusive o procurador e a subprocuradora, estarão dadas”, disse.
O senador Pedro Taques destacou que a lei não permite que Gurgel compareça à CPI. “A lei não está acima de ninguém, mas temos que cumprir a lei. O procurador-geral da República não é objeto de investigação, não é sujeito de informação. Temos, sim, que esclarecer esses fatos. Mas não podemos politizar a CPI”, defendeu.
Já o deputado Silvio Costa (PTB-PE) votou contra o requerimento e pediu a convocação de Gurgel. O deputado disse que o delegado responsável pela Operação Vegas, Raul Alexandre, afirmou que a Procuradoria-Geral da República paralisou as investigações. “Eu vou ficar com doutor Raul. Ele falou pela fé, ele não mentiu. Então, entre doutor Raul e Gurgel eu fico com doutor Raul”, afirmou.
O presidente da CPI, Vital do Rêgo, e o relator da comissão, 
Odair Cunha, durante reunião desta terça (Foto: Lia de Paula / Agência 
Senado)O presidente da CPI, Vital do Rêgo, e o relator da
comissão, Odair Cunha, durante reunião desta
terça
Atuação de Gurgel
Após a prisão de Carlinhos Cachoeira na Operação Monte Carlo da Polícia Federal em fevereiro, o procurador-geral pediu, em março, a abertura de investigações no Supremo Tribunal Federal para apurar o elo de políticos com o bicheiro. Ele explicou que, com o desdobramento das duas operações - Vegas e Monte Carlo - foi possível reunir indícios suficientes para pedir a apertura do inquérito no Supremo.
Na semana passada, Gurgel atribuiu as críticas de parlamentares de que teria demorado a iniciar as investigações a “medo do julgamento do mensalão”.
"Eu tenho dito que, na verdade, o que nós temos são críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão. São pessoas que na verdade estão muito pouco preocupadas com as denúncias em si mesmo, com os fatos de desvio de recursos e corrupção, e ficam muito preocupadas com a opção que o procurador-geral tomou em 2009, opção essa altamente bem-sucedida. Não fosse essa opção, nós não teríamos Monte Carlo, nós não teríamos todos estes fatos que acabaram vindo à tona", afirmou Gurgel.
O G1 apurou que se Gurgel fosse convocado teria o respaldo da maioria do STF para evitar comparecer à comissão. O procurador poderia entrar no Supremo com um pedido de habeas corpus para evitar a convocação. É forte no Supremo Tribunal Federal a tese jurídica de que Gurgel não pode ser obrigado a prestar depoimento na comissão, já que seria o titular de eventual ação penal contra Cachoeira, contra o senador Demóstenes Torres e demais parlamentares investigados.
Assim como o procurador, ministros do Supremo avaliam que as críticas feitas por parlamentares pela demora em abrir inquérito é uma tentativa de “deslegitimar” Gurgel, no ano em que será julgado o processo do mensalão.

Fonte: Caso CPI CACHOEIRA

terça-feira, 15 de maio de 2012

FHC ganha prêmio da Biblioteca do Congresso dos EUA

Ex-presidente vai ganhar prêmio John W. Kluge, de US$ 1 milhão.
Ele aplicou políticas coerentes com seu trabalho acadêmico, diz texto.

A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (14) que concederá seu prêmio John W. Kluge 2012 ao ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, por suas contribuições ao estudo de humanidades e pela liderança na transformação do Brasil.
FHC (1995-2002) receberá o prêmio, no valor de US$ 1 milhão, em uma cerimônia no dia 10 de julho na Biblioteca, explicou um comunicado.
O ex presidente Fernando Henrique Cardoso dá entrevista à 
imprensa neste sábado. (Foto: Gustavo Rampini/AE)O ex presidente Fernando Henrique Cardoso dá entrevista em 2 de julho de 2011
"Suas análises das estruturas sociais do governo, da economia e das relações raciais no Brasil assentaram as bases para sua liderança como presidente na transformação do Brasil de uma ditadura militar com alta inflação a uma democracia vibrante, inclusiva e com forte crescimento", diz o texto.
Segundo a Biblioteca do Congresso, a profundidade intelectual do ex-presidente, a quem chama de um dos "maiores líderes do Brasil", fica clara no fato de seus sucessores na presidência terem mantido várias de suas políticas. O texto também afirma que ele aplicou políticas que "seguiam a lógica de suas análises acadêmicas anteriores".
Fernando Henrique Cardoso "é o tipo de intelectual que combina uma pesquisa profunda com a evidência empírica", disse James Billington, diretor da Biblioteca.
O ex-presidente brasileiro, autor de mais de 23 livros e de cerca de cem artigos, é o oitavo vencedor do Kluge, desde que este prêmio que leva o nome do magnata dos meios de comunicação foi concedido pela primeira vez em 2003 ao filósofo polonês Leszek Kolakowski.

Fonte: Politicas Estrangeira

Comissão da Verdade vai 'pacificar' o país, diz vice-presidente da República

Michel Temer elogiou nomes escolhidos por Dilma para integrar grupo.
Comissão vai apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988.

O vice-presidente Michel Temer em ato de aniversário de 46 
anos do PMDB (Foto: Agência Senado)O vice-presidente Michel Temer em ato de
aniversário de 46 anos do PMDB.
O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (14) acreditar que a Comissão da Verdade, criada para investigar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988, vai “pacificar o país”.
Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff anunciou os sete integrantes do grupo. Eles terão dois anos para produzir um relatório com conclusões e recomendações sobre os crimes cometidos.
“Eu acho que a apuração da verdade dos fatos vai, na verdade, em vez de tumultuar o país, vai pacificar o país”, afirmou Temer. Indagado se a comissão seria uma “revanche” contra os crimes cometidos durante a ditadura militar, o vice-presidente respondeu: “De jeito nenhum. É pacificação.”
Ele também elogiou os nomes escolhidos por Dilma para integrar a comissão. “A Comissão da Verdade tem nomes de muito peso, de muita significação e de muita imparcialidade”, disse.
Os indicados para fazer parte do grupo são: Gilson Dipp, ministro do Superior Tribunal Justiça (STJ), José Carlos Dias, advogado e ex-ministro da Justiça, Rosa Maria Cardoso da Cunha, advogada, Claudio Fonteles, ex-procurador-geral da República, Paulo Sérgio, sociólogo, Maria Rita Kehl, psicanalista, e José Carlos Cavalcanti Filho, advogado.
A posse dos integrantes será no dia 16 de maio. Foram convidados para a cerimônia, a ser realizada no Palácio do Planalto, os ex-presidentes da República José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Todos confirmaram presença.
Por lei, a Comissão da Verdade deverá observar a Lei da Anistia (1979), que impede a punição de responsáveis por crimes durante o período da ditadura.

Fonte: 46 Anos de PMDB e Assim o Vice Fala.

Dilma afirma que crise do euro traz 'fantasmas' de volta

Presidente discursou durante lançamento do programa Brasil Carinhoso.
Segundo ela, apesar da crise, Brasil consegue crescer e distribuir renda.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff ao lado da ministra Gleisi 
Hoffmann durante lançamento do programa Brasil Carinhoso (Foto: Roberto 
Stuckert / PR)A presidente Dilma Rousseff ao lado da ministra
Gleisi Hoffmann durante lançamento do programa
Brasil Carinhoso (Foto: Roberto Stuckert / PR)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (14) que a retomada da crise da zona do euro traz de volta “vários fantasmas que pareciam afastados”.
Nesta segunda, as preocupações com a economia grega impulsionaram o dólar para a marca dos R$ 2. O impasse político na Grécia e a derrota do partido da chanceler alemã, Angela Merkel, em importante eleição regional também pressionaram o mercado de ações, e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuou fortemente.
“Hoje mesmo, volta mais uma vez a crise da zona do euro e vários fantasmas que pareciam afastados, pelas expansões monetárias bastante significativas, dos dinheiros colocados nos bancos pelo mundo afora, todo esse processo começa a ser questionado politicamente não só pelo que aconteceu na França, pelo que aconteceu na Grécia e pelo que aconteceu naquele estado alemão, que é um dos estados mais ricos da Alemanha, que é a Renânia do Norte-Vestfália”, declarou.
Na Renânia do Norte-Vestfália, o conservador CDU, partido de Angela Merkel teve sua votação reduzida de 35% em 2010 para 26% neste ano, pior resultado no estado desde a Segunda Guerra Mundial.
Dilma discursou durante cerimônia do programa Brasil Carinhoso, de atendimento a crianças de 0 a 6 anos que vivem na extrema pobreza. O programa prevê que todas as famílias com pelo menos uma criança nessa faixa etária tenham renda mínima de R$ 70 por integrante.
A presidente afirmou que o Brasil tem conseguido crescer e, ao mesmo tempo, distribuir renda. “Isso é muito importante no momento em que nós estamos vivendo, que é um momento em que economias de países desenvolvidos, sociedades de países desenvolvidos passam por grandes dificuldades”, afirmou.
Dilma disse ainda que o governo está no caminho para transformar o Brasil em um país “justo e social”. “Nós temos de ter muito orgulho de termos esse foco social [...] e de termos encontrado a formas de conduzir com muita clareza e muita justeza, esse caminho de desenvolvimento social, uma ampla e inquestionável justiça social”, declarou.
Ela afirmou que é preciso “modéstia” para perceber que ainda falta muito a fazer. “Meu governo estará atento para aprofundar esse tipo de política [de transferência de renda]”.
A presidente voltou a dizer que o Brasil só será um país forte quando a qualidade de vida da população crescer. “[O Brasil] não vai se conformar jamais com a uma situação que era característica do passado: a existência de dois ‘brasis", declarou.

Fonte: O Fantasmas estão de volta 

Em 2º dia de audiências públicas no STF, maioria defende Lei Seca

Ação questiona constitucionalidade de parte da lei, em vigor desde 2008.
De 28 palestrantes ouvidos, apenas seis foram contrários à lei.

A maioria dos especialistas, parlamentares e pesquisadores ouvidos pelo Supremo Tribunal Federal sobre a Lei Seca foi favorável à manutenção da regra. Nesta segunda-feira (14), a Corte realizou o segundo e último dia de audiências públicas sobre o tema, e ouviu representantes do governo federal, de associações médicas e de representantes do setor de entretenimento.
As audiências foram realizadas como parte da análise da ação protocolada em 2008, quando a Lei Seca entrou em vigor, e que tenta anular pontos da regra. A previsão do relator do processo, ministro Luiz Fux, é de que o julgamento ocorra no segundo semestre deste ano.
Ao todo, foram ouvidas 28 pessoas, das 30 previstas originalmente. Apenas seis foram contrárias à manutenção da lei, sendo três delas ligadas a associações de bares e restaurantes, incluindo a autora da ação que contesta a constitucionalidade da lei. Entre os defensores, estão órgãos de governo, parlamentares e associações criadas por parentes e amigos de vítimas de acidentes.
Argumentos
Desde o início, o ministro relator da ação ressaltou que a discussão se daria não sob os aspectos jurídicos do processo. Assim, nos argumentos dados pelos que se opõem à lei figuraram, por exemplo, o de que a punição prevista pela lei não é razoável, ou que a repressão sozinha não é suficiente para reduzir a ocorrência de acidentes causados por motoristas que bebem e dirigem em seguida.
Outro argumento usado foi o de que a reação do organismo ao consumo de álcool varia, e que por isso seria impossível determinar um teor alcoólico mínimo - como faz a lei - que provoque redução na capacidade de dirigir.
"A verificação in loco do oficial de justiça ajuda, mas é muito difícil termos um padrão, e o mundo reconhece isso", afirmou o representante da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio de Abreu.
Ele também questiona a crítica a motoristas flagrados em operações de fiscalização e que se recusam a fazer o teste do bafômetro - um dos palestrantes criticou personalidades que já se recusaram a fazer o teste. "Nós temos muitas pessoas que recusam a fazer o teste por não concordarem com o exame. Rotular todos como potencialmente embriagados é um absurdo", argumentou o representante da FBHA.
Alguns dos defensores da lei apelaram para a emoção. Representantes de policiais rodoviários federais, por exemplo, apresentaram fotos de impacto de acidentes de trânsito. Já o coordenador da Lei Seca no Rio de Janeiro, major Marco Andrade, contou com o depoimento de uma cadeirante, vítima de acidente, e hoje agente das operações.

A discussão científica, no entanto, não foi esquecida. Um dos representantes da maioria favorável à lei, o médico e representante da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Flávio Emir Adura, contestou a ideia de que não é possível determinar o teor alcoólico mínimo que afete a capacidade de condução de um veículo, e foi taxativo. "Não existe alcoolemia segura", afirmou. "O álcool interfere de tal maneira, que condena completamente dirigir sob o efeito do álcool em qualquer concentração", defendeu ele.
Segundo Adura, o álcool reduz a capacidade de percepção da velocidade e dos obstáculos, diminui a visão periférica, prejudica a capacidade de dividir a atenção e aumenta o tempo de reação. "O comportamento do álcool vai para euforia, depressão, agressividade, causa sono, fadiga, estimula até uma tendência autodestrutiva. Como pode uma pessoa dirigir neste estado?", questionou.
Especialista no tema, a professora Vilma Leyton representou o Ministério da Saúde e falou, por exemplo, de dados sobre a redução no número de mortes causadas. Citando os números do estado de São Paulo, ela indicou que o número de colisões relacionadas ao consumo de álcool caiu de 45,5% para 28,6% no período imediatamente posterior à edição da lei.
"Ainda falta muita coisa para a gente fazer, mas estamos começando uma luta que tem que ser feita", disse ela. Perita por mais de 30 anos, Vilma disse que só o endurecimento da fiscalização já é um benefício visível da lei. "A maior vitória que já tivemos até hoje foi que a polícia está na rua e teve a oportunidade de comprar etilômetros. Quando eu era perita, não tinha", afirmou.
Expectativa
Já o representante da Associação Nacional da Defensoria Pública (ANADEP), Renato Campos Devitto, questionou a expectativa criada pela lei, e disse que imperfeições técnicas estão prejudicando as condenações. Para ele, a criminalização da direção embriagada não solucionou o problema, e provocou uma frustração social.
"A Defensoria Pública espera que o julgamento dessa ADI [ação] ajude a construir um modelo de gestão de riscos responsável e pé no chão, que não prometa que com varinha de condão resolveremos um problema tão grave", criticou. Ele também defendeu que uma alternativa seria o endurecimento das medidas administrativas, como multa e restrição do direito de dirigir.
Devitto relembrou decisão recente do Superior Tribunal de Justiça, que decidiu que a comprovação da embriaguez necessária para ações penais só pode ser feita por bafômetro ou exame clínico, mas os motoristas não são obrigados a fazer os dois testes. Isso prejudica a comprovação do teor considerado criminoso pela lei.
"Acreditamos sim que é possível a construção de um tipo penal mais inteligente, que não gere uma hiperexpcetativa de que o direito penal resolverá sozinho o problema do trânsito, porque não irá resolver", argumentou.
Para o ministro Fux, as audiências demonstraram a importância do uso do bafômetro nas operações e da chamada tolerância zero no consumo. "Ficou bastante claro que é absolutamente impossível esse binômio álcool e condução de veículo. Ficou também patente que não há critério seguro de alcoolemia e, em terceiro lugar, que é importantíssimo que o teste de bafômetro deve ser obrigatório sob pena de se cometer uma desobediência porque ele tem caráter preventivo muito importante", afirmou o ministro.

Fonte: A LEI SECA
 

1.400 prefeitos devem deixar dívidas para sucessores, diz confederação

Segundo Ziulkosky, prefeituras iniciaram obras e não têm caixa para pagar.
Ele afirmou que União deve R$ 20 bilhões em restos a pagar a municípios.

O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkosky, afirmou nesta segunda-feira (14) que pelo menos 1.400 prefeitos devem deixar dívidas para os sucessores referentes a obras contratadas em seus municípios. A Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe que os prefeitos terminem o mandato com restos a pagar que excedam a receita dos municípios. As eleições municipais serão em outubro deste ano.
"Mais de 1.400 municípios têm restos a pagar e os prefeitos disseram que não têm condições de pagar. Além disso, 350 municípios disseram que estão com a folha de pessoal atrasada", afirmou Ziulkosky.
Segundo ele, as prefeituras tiveram receita baixa nos últimos anos e crescimento nas despesas devido ao aumento do salário mínimo, do piso nacional do magistério, e de programas federais com contrapartida dos municípios. Além disso, de acordo com a CNM, o governo federal deve aos municípios R$ 20 bilhões em restos a pagar.
Os restos a pagar são recursos previstos em Orçamentos de anos anteriores, e que, embora autorizados pelo Executivo, não foram pagos. Ziulkosky apresentou nesta tarde a pauta de reivindicação da 15ª Marcha de Prefeitos, que começa nesta terça (15), em Brasília, e vai até quinta (17).
Repasses
De acordo com a Confederação Nacional de Municípios, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM),  previsto para 2012 é muito pequeno quando comparado ao aumento de despesas das prefeituras. Segundo Ziulkosky, o FPM, que compreende o montante de repasses da União às prefeituras, será de R$ 73,8 bilhões neste ano, R$ 8,2 bilhões a mais que o liberado em 2011.
"Os gestores estão passando por situação angustiante. Serão todos ficha suja ou condenados", disse. Além de exigir o pagamento pela União dos restos a pagar devidos aos municípios, a confederação pede que seja aprovado na Câmara o projeto que prevê a alteração na partilha dos royalties do petróleo, de modo a beneficiar estados e municípios não-produtores.
A Marcha dos Prefeitos também vai reivindicar a renegociação da dívida previdenciária dos municípios com a União, que não sejam aprovados novos pisos salariais e que as associações nacionais dos municípios tenham legitimidade para questionar a constitucionalidade de leis no Supremo Tribunal Federal.
Segundo Ziulkosky, a presidente Dilma Rousseff vai comparecer nesta terça (15) à abertura da Marcha, que deverá contar com a presença de 3 mil prefeitos. "Estamos mandando hoje para o governo essa demanda. Vamos entregar todos esses depoimentos depois para ela [Dilma Rousseff]. Precisamos de um acesso mais direto à União", afirmou.

Fonte: Dividas para sussesores 2012

PF confirma depoimento de delegados no caso Demóstenes

Processo no Conselho de Ética pode levar à cassação do senador.
Demóstenes é acusado de quebra de decoro por relação com Cachoeira.

A Polícia Federal conrfirmou, por meio de ofício enviado na tarde desta segunda-feira (14) ao Senado, a presença no Conselho de Ética da Casa dos delegados Raul Alexandre Marques Souza e Mateus Mela Rodrigues, responsáveis pela Operação Vegas e Monte Carlo, que investigou esquema de jogos ilegais supostamente chefiados pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.
O depoimento dos dois delegados está marcado para começar às 9h desta terça-feira (15). Eles serão questionados sobre o envolvimento do bicheiro com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que responde a processo por quebra de decoro parlamentar, que pode levar à cassação do mandato. A suspeita é de que Demóstenes tenha usado o cargo para beneficiar atividades ilegais supostamente cometidas por Cachoeira.
Além dos delegados, também foi confirmada a presença no Conselho de Ética do diretor de Combate ao Crime Organizado, Oslain Santana, que irá acompanhar os policiais.
Segundo a assessoria da PF, não há no ofício solicitação para que o depoimento dos dois delegados seja fechado, mas o presidente da Conselho de Ética, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), disse que vai conversar com os delegados para saber se eles preferem falar de forma reservada. Na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura o caso Cachoeira, os dois delegados falaram em sessão secreta.
"Eu vou perguntar a eles, em particular, se querem que seja fechado. Eu até prefiro que seja aberto porque de qualquer maneira vaza", disse o presidente do conselho.
Na tarde desta segunda, o presidente do Conselho, senador Antonio Carlos Valladares (PSB-SE), disse que aguardava uma autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para confirmar a presença dos delegados, mas, segundo ele, o STF informou que isso não seria necessário.
Se o conselho julgar que o senador quebrou o decoro,  o processo será enviado para votação em plenário, o que poderá resultar na perda do mandato do senador. Durante o andamento do processo, Demóstenes terá direito de defesa no conselho.

Fonte: SENADOR

Ministro do Supremo adia depoimento de Cachoeira à CPI

Depoimento do bicheiro estava marcado para esta terça, às 14h.
Advogado de Cachoeira argumentou que precisava ter acesso ao inquérito.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello decidiu na noite desta segunda (14), ao julgar pedido da defesa de Carlinhos Cachoeira, suspender o depoimento do bicheiro à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações dele com políticos e autoridades. O depoimento estava marcado para as 14h desta terça (15). Cachoeira está preso no complexo da Papuda, em Brasília.
A unilateralidade do procedimento de investigação parlamentar não confere, à CPI, o poder de negar, em relação ao indiciado, determinados direitos e certas garantias que derivam do texto constitucional."
Ministro Celso de Mello, do STF, na decisão sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira
O habeas corpus impetrado pelos advogados de Cachoeira questionava decisão do presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), de negar acesso da defesa aos documentos da comissão antes do depoimento.
Em razão da negativa da CPI, o advogado Márcio Thomaz Bastos pediu ao Supremo que o depoimento fosse adiado, a fim de que Cachoeira não fosse "compelido, antes de ter ciência das provas a ele vinculadas, a permanecer em silêncio contra seus legítimos interesses, ou a apresentar versão sobre fatos e provas que não conhece apropriadamente", conforme o texto.
O ministro Celso de Mello suspendeu "cauterlamente, até final julgamento da presente ação de 'habeas corpus', o comparecimento e a inquirição de Carlos Augusto de Almeida Ramos perante a 'Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - Operação Vegas e Monte Carlo', sustando-se, em consequência, e unicamente quanto a ele, o depoimento já designado para o próximo dia 15/05/2012".
Com essa decisão, Cachoeira só poderá depor depois do julgamento do mérito do pedido pelo Supremo Tribunal Federal, o que ainda não tem data para acontecer. Segundo a assessoria do STF, por se tratar de matéria constitucional, o mérito do assunto será analisado pelo plenário da corte.
Antes disso, o ministro vai pedir informações ao presidente da CPI e dar um prazo para que a Procuradoria-Geral da República dê parecer sobre o assunto. O depoimento de Cachoeira à comissão fica suspenso durante todo esse processo.
'Unilateralidade'Na decisão, Celso de Mello afirmou que "a unilateralidade do procedimento de investigação parlamentar não confere, à CPI, o poder de negar, em relação ao indiciado, determinados direitos e certas garantias que derivam do texto constitucional".
O ministro disse ainda na decisão que a investigação da CPI "não tem o condão de abolir direitos, de derrogar garantias, de suprimir liberdades ou de conferir à autoridade pública poderes absolutos na produção de prova e na pesquisa de fatos".
A decisão não ordena o acesso da defesa, em caráter liminar, aos dados em posse da CPI, conforme pediam os advogados de Cachoeira, mas ressalta o direito dos advogados. Segundo Mello, "o sistema normativo brasileiro assegura ao advogado [...] o direito de pleno acesso ao inquérito, mesmo que sujeito a regime de sigilo, desde que se trate de provas já produzidas e formalmente incorporadas ao procedimento".
Bicheiro iria manter silêncio
Em entrevista ao G1 publicada no sábado (12), Márcio Thomaz Bastos havia dito que o contraventor poderia se negar a falar caso fosse obrigado a depor.
Cachoeira está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele foi preso em Goiás pela Polícia Federal, no fim de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, levado para um presídio de segurança máxima, em Mossoró (RN), e depois transferido para Brasília.
Ao STF, a defesa do bicheiro argumenta que "é imperativo” que Carlinhos Cachoeira e seus advogados “conheçam previamente todas as provas que poderão servir de substrato aos questionamentos que decerto lhe serão dirigidos pelos parlamentares.”
A defesa menciona também, entre as provas, as conversas telefônicas monitoradas na Operação Monte Carlo referentes a autoridades com foro privilegiado, que estão sendo investigadas em inquéritos em andamento no Supremo.
A defesa argumenta que, se tivesse de "silenciar", o cliente perderia "valiosa oportunidade não só de desconstruir as suspeitas que pesam sobre seus ombros, mas também de esclarecer fatos que tanto rumor têm causado".
Segundo Márcio Thomaz Bastos, "para decidir se fala ou se cala, ele precisa antes saber o que há a seu respeito”.

Fonte: Bicheiro não vai a CPI

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mesmo sem votos de parentes, italiano vira prefeito por acidente

Fabio Borsatti tentava evitar que amigo fosse candidato único, mas acabou sendo eleito.

O novo prefeito de uma pequena cidade montanhosa no norte da Itália ganhou a eleição praticamente por acidente.
Fabio Borsatti, de 50 anos, disputou a prefeitura de Cimolais para fazer um favor de última hora a um amigo, Gino Bertolo, que era o único candidato. Bertolo estava preocupado com a possibilidade de falta de quórum na eleição caso não houvesse um candidato de oposição.
Mas, apesar de a própria família de Borsatti votar no rival, ele ganhou o pleito e, para sua surpresa, se tornou o prefeito de Cimolais.
Borsatti recebeu 160 votos - quase 58% do total -, em comparação com os 117 votos obtidos pelo seu amigo Bertolo.
Ele só percebeu que havia sido eleito quando as pessoas telefonaram para parabenizá-lo, enquanto ele assistia a uma partida de futebol.
Prefeito a contragosto
'Eu me vejo como um prefeito que não queria ser prefeito', disse Borsatti. 'Queria que Gino (Bertolo) ganhasse. Até os meus parentes votaram nele. Minha filha, minha irmã, meu pai e minha mãe - todos votaram nele.'
Borsatti afirmou que não tem planos de renunciar e que vai encarar o desafio de liderar a comunidade de 507 pessoas de Cimolais, na região de Friuli Venezia-Giulia.
Embora não tivesse dado muita atenção à construção de uma plataforma política antes da votação, agora Borsatti está trabalhando em seu gabinete e promete se concentrar em promover o turismo na área.
Seu amigo, que fora prefeito de Cimolais, disse que foi uma honra participar - e perder - a votação.
'Não estou chateado ... Algo aparentemente inusitado aconteceu, mas não é motivo para piadas', disse Gino Bertolo.

Fonte: Politica na Italia Prefeito sem querer querendo kkk...

France Presse 09/03/2012 06h51 - Atualizado em 09/03/2012 07h03 Merkel é mais popular de 5 principais líderes europeus, diz pesquisa

Francês Sarkozy é o menos popular, diz sondagem.
Britânico David Cameron divide opiniões.

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Uma pesquisa feita em Alemanha, Espanha, Itália, França e Reino Unido mostrou que entre os governantes dos cinco principais países europeus, a chanceler alemã Angela Merkel é a mais apreciada, enquanto o presidente francês Nicolas Sarkozy é o menos popular.
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, é o menos conhecido dos dirigentes dos cinco países europeus (63%).
Sarkozy e Merkel gozam de uma notoriedade comparável nos cinco países (93% o francês, 92% a alemã), mas o presidente francês tem 33% de opiniões favoráveis e 58% de ruins. Já chanceler tem 50% de aprovação e 41% de opiniões desfavoráveis.
David Cameron, primeiro-ministro britânico, é conhecido por 88% dos entrevistados e divide as opiniões boas e ruins: 44%.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, durante reunião no 
Parlamento nesta quinta-feira (8) (Foto: AP)A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, durante reunião no Parlamento nesta quinta-feira (8)
O primeiro-ministro italiano Mario Monti é conhecido por 74% e também divide opiniões positivas e negativas, em 36%.
A pesquisa do instituto BVA foi realizada pela internet de 20 a 29 de fevereiro. No total, 4.217 pessoas acima de 15 anos participaram, seguindo o método de cotas.

Fonte:Politicas Estrangiras

Crise na Europa atrapalha o plano de candidatos à reeleição

Na França, o dia 1º de maio promete ser quente com manifestações sindicais e muito veneno entre os candidatos à presidência de República.

Na Europa, a tensão se mantém por causa da crise. O governo da Espanha tomou várias medidas duras para tentar salvar a economia. Até agora, o resultado foi recessão e desemprego. Esta situação atrapalha o plano de candidatos à reeleição por toda a Europa.
O mergulho da Espanha em uma segunda recessão está assustando os líderes europeus. Os protestos também. A política de austeridade imposta ao continente com tanto rigor pela Alemanha provocou o aumento do desemprego e a diminuição da renda. Sufocou o mercado consumidor e dificultou as exportações. Se não há dinheiro, não há quem compre mercadorias.
Nesta segunda-feira (30), a chanceler alemã, Angela Merkel, acenou com a proposta de criar um plano de crescimento para a região, uma espécie de Plano Marshal. Ela também está preocupada com a própria reeleição.
Mas o ministro das finanças da Alemanha deu sinais contrários, afirmando que a austeridade monetária é fundamental para o futuro do bloco e que a Espanha deve continuar a implantar reformas.
Essa corrente de pensamento causou mais uma baixa. Cansado da maneira como a Alemanha e a França administram a crise europeia, o presidente do Eurogrupo, Jean Claude Junker, decidiu deixar o cargo nos próximos meses.
Junker afirmou que 17 dos 27 países do bloco têm uma dívida menos do que a da Alemanha, e, no entanto, a Alemanha se comporta como se fosse o país bom, rodeado de pequenos pescadores.
Na Itália, o governo faz cortes drástico para apertar as contas. Na França, o dia 1º de maio promete ser quente com manifestações sindicais e muito veneno entre os candidatos à presidência de República. A diferença entre Nicolas Sarkozy e o favorito nas pesquisas, o socialista François Hollande, diminui.
Na França, o candidato socialista François Hollande, para garantir a vantagem nas pesquisas, critica asperamente a austeridade e o pacto fiscal com os países europeus por cortes de gastos.
O presidente Sarkozy agora fala em fechar fronteiras a imigrantes. Nenhum dos dois menciona essa crise econômica, porque até agora nenhum dos dois programas de governo tem uma resposta clara. O que fazer contra a crise? Os economistas estão dizendo que as ideias de ambos para reduzir o déficit não vão funcionar.
 
Fonte: Politicas Estrageiras

Hollande buscará consenso com chanceler alemã se eleito na França

Favorito, socialista prometeu viajar à Alemanha se vencer eleição.
Angela Merkel havia manifestado apoio à reeleição de Sarkozy.

O candidato do Partido Socialista à presidência da França, François Hollande, vai buscar estabelecer as bases de um novo consenso franco-alemão sobre crescimento e aplacar os temores de um rompimento nas relações bilaterais em sua primeira visita a Berlim, se for eleito em segundo turno no domingo, disse nesta sexta-feira (4) um importante assessor dele.
Faltando apenas dois dias para o segundo turno da eleição francesa, a vantagem de Hollande sobre o presidente Nicolas Sarkozy diminuiu em algumas pesquisas de intenção de voto, mas ele continua sendo o claro favorito na disputa.
Hollande vem dizendo que, se for eleito, sua primeira viagem ao exterior seria para Berlim, para se reunir com a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, e começar a desenvolver laços pessoais, suavizando as diferenças ideológicas. Merkel optou por manifestar seu apoio a Sarkozy durante a campanha eleitoral.
Pierre Moscovici, chefe da campanha de Hollande, disse que a viagem seria sobretudo um exercício simbólico para demonstrar que as relações franco-alemãs continuam intactas, mas também permitira que ele rapidamente expressee à líder alemã suas ideias pró-crescimento.
O candidato socialista à presidência da França, François 
Hollande, em campanha em Hombourg Haut nesta sexta-feira (4) (Foto: AP)O candidato socialista à presidência da França, François Hollande, em campanha em Hombourg Haut nesta sexta-feira (4)
Como presidente recém-eleito, Hollande estaria numa posição de força para começar a puxar a relação franco-alemã em sua direção durante a viagem a Berlim, que ele provavelmente faria antes da cerimônia de posse, em 15 de maio. Hollande viajaria para os EUA em 17 de maio.
"Acho que há a possibilidade de um novo acordo europeu, o qual vai emergir por meio de um novo entendimento franco-alemão", afirmou Moscovici ao clube de imprensa americano-europeu. "Esta seria sua oportunidade de conversar com ela sobre seus planos para a Europa, seus planos para o crescimento, porque é necessário mergulhar rapidamente no âmago da questão - as coisas não vão esperar."
Durante a campanha eleitoral, Hollande defendeu a renegociação do tratado europeu de disciplina orçamentária. Depois, ele passou a enviar a Merkel sinais tranquilizadores de que não iria forçar uma revisão abrangente, mas fazer acréscimos ao tratado para dar mais ênfase ao crescimento.

Fonte: Politicas Estrangeiras 

Derrota em eleição local alemã não muda política europeia, diz Merkel

Resultado na Renânia do Norte-Vestfália foi 'amargo', disse chanceler.
Mas ele não muda sua visão de que o rigor fiscal é necessário.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta segunda-feira (14) que a derrota de seu partido nas eleições do Estado mais populoso do país no fim de semana foi "amarga", mas não altera sua visão sobre a necessidade de implementar o rigor fiscal como única forma de a Europa alcançar o crescimento sustentável.
Merkel disse que a derrota histórica no Estado Renânia do Norte-Vestfália "não afeta o trabalho que temos feito na Europa".
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, durante visita a 
escola nesta segunda-feira (14) em Berlim (Foto: AFP)A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, durante visita a escola nesta segunda-feira (14) em Berlim
"Não há contradição entre uma política sólida de orçamento e o crescimento", disse Merkel, que resiste a pressões na Europa por políticas mais expansionistas para incentivar o crescimento e a geração de empregos, em vez das reformas rígidas exigidas para que Estados da zona do euro recebam ajuda.
Fonte: Politicas Estrageiras