Enquete do iG: Feliciano deve deixar a Comissão de Direitos Humanos
Vídeo: Feliciano diz que Comissão de Direitos Humanos era dominada por ‘satanás’
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Iriny argumenta que as declarações de Feliciano
– de que antes da chegada dele à presidência do colegiado a CDHM era
“dominada por satanás” – ferem o decoro parlamentar. “É inaceitável que
um deputado faça esse tipo de declaração, ferindo a honra e a imagem dos
nobres colegas que atuam, com dedicação e firmeza, para a promoção e
valorização dos diretos humanos”, disse a deputada no requerimento.
Ela acrescenta ainda que Feliciano “faltou com
respeito com os colegas parlamentares e também com a imagem da
instituição”, o que, segundo ela, justifica a abertura de processo por
quebra de decoro parlamentar.
Na última sexta-feira (29), depois de ser alvo de
protestos no início de um culto para evangélicos na cidade mineira de
Passos, Feliciano disse que, antes dele, a comissão era “dominada por
satanás”. Ontem (1º), em sua conta no Twitter, o deputado explicou que
não comparou os antigos integrantes da comissão com “satanás”, mas que o
termo significa, em hebraico, “adversário e acusador”.Sem apoio: Maioria dos líderes partidários defende renúncia de Feliciano
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O requerimento será encaminhado à Corregedoria da Casa para análise da denúncia. Se o órgão, que ainda não foi instituído, entender que houve quebra de decoro, um parecer será encaminhado à Mesa que decidirá se remete o pedido de abertura de processo ao Conselho de Ética. A representação por quebra de decoro parlamentar pode resultar desde uma advertência até a cassação do mandato.
Até 2012, o segundo-vice-presidente da Câmara
acumulava a função de corregedor. No final do mês passado, no entanto, o
plenário aprovou projeto de resolução tornando o órgão autônomo em
relação aos outros postos da Mesa Diretora. O Conselho de Ética também
não foi instituído devido a uma disputa política entre os deputados
Marcos Rogério (PDT-RO) e Ricardo Izar Júnior (PSD-SP).
Marco
Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos, é alvo de novos
protestos nesta quarta-feira (27 de março). Foto: ALAN SAMPAIO
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